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Tunisia

Procurando um país que mistura a Turquia o Egito e o Caribe? Ele existe e chama-se Tunisia! A viagem para esse incrível país aconteceu de forma acidental. A idéia inicial era conhecer o Havaí, porém as passagens estavam caríssimas e o dólar super valorizado (cotação em dez/2013). Comecei a pesquisar outros destinos e acabei me deparando com uma oferta da Alitália para esse país que, confesso, nem sabia sua localização no mapa. Em poucos cliques comecei a ficar curioso e quanto mais eu pesquisava, mas encantado ficava. Comentei com um amigo que também estava de férias no período e ele também se interessou em fazer essa viagem. Pronto, era o que faltava para emitir os bilhetes!
Viajamos logo depois do reveillon, mas precisamente no dia 2/01/2014. Não é necessário visto para a Tunísia. Com muita expectativa na bagagem, fomos para Tunis, a capital do país, com uma conexão em Roma. O vôo de Roma a Tunis leva aproximadamente 1:10 hs. Os roteiro a princípio era: Tunis, depois uma cidade localizada ao sul do país, no deserto do Saara, chamada Touzer e por ultimo Hammamet, localizada na costa da Tunísia, banhada pelo mar mediterrâneo. Digo a princípio, porque devido a alguns percalços que explicarei mais adiante, esse roteiro teve de ser alterado. 



    TUNIS

Chegamos em Tunis um pouco antes do meio dia e claro a primeira dúvida de sempre: qual a melhor forma de chegar ao centro? Porém antes disso, precisávamos trocar nosso dinheiro para a moeda local, o DINAR. O aeroporto possui várias casas de câmbio, mas não sei porque motivo, elas fecham e abrem sem avisar. Estávamos na fila de uma dessas quando de repente o atendente colocou a placa "ferme" que significa fechado em português (na Tunisia fala-se árabe e francês). Quando olhei em volta, várias outras também haviam fechado. Haviam duas abertas. Entramos na fila de uma e conseguimos trocar e de repente várias outras já estavam abertas novamente....  Tivemos uma dificuldade inicial para entender o valor do Dinar, porque eles usam três casas decimais após a virgula. Por isso eu tinha uma moeda de 100 que valia menos que a nota de 50. Só depois consegui entender que a moeda de 100 nada mais era  que 10 centavos com um zero a mais. Na data da viagem a relação Dinar - Real era: 1 Dinar = 1,5 Reais.
Agora sim, era a hora de descobrir como chegar ao centro. Quando passamos pela porta de saída do aeroporto, logo fomos abordados por vários taxistas oferecendo seus serviços. Alguns em taxis amarelos, os oficiais do país e outros em carros particulares. Por segurança, entramos no primeiro amarelo da fila do taxi, mas nem por isso escapamos do golpe dos taxistas de aeroporto. Esse nos cobrou 40 dinares (aprox 60 reais), sendo 30 da corrida e 5 de cada mala. Depois fomos ver que para os padrões Tunisianos, foi caríssimo! A mesma corrida com um taxímetro ligado não passaria de 20 dinares! Ok, esse é sempre o momento que não sabemos se estamos sendo lesados ou não. A primeira impressão da cidade não foi muito agradável. Um trânsito caótico (nosso taxista entrou na contra mão duas vezes procurando o hotel), pessoas disputando espaços com os carros, muita sujeira e alguns lugares com aparência de abandonado. Chegamos ao hotel com aquele sentimento de chegar a um lugar seguro e poder respirar aliviado. Faço aqui uma menção a esse hotel: perfeito! Tudo novinho, excelente localização, staff agradável, realmente adorei. No final do post o nome e contatos. Deixamos as malas no hotel e fomos direto à estação de trem que ficava muito próxima ao hotel, para comprarmos o trecho que ainda não tínhamos, que era de Tunis a Touzer. A estação de trem e seu entorno é uma bagunça total. O idioma foi um grande problema na comunicação, porque os prestadores de serviços não falam, inglês e não sabíamos falar nada em francês, muito menos em árabe. Tickets de trem comprados (aprox 27 dinares cada na primeira classe), fomos dar uma volta pela cidade. Tunis é definitivamente a cidade dos aromas, cheiro, odores.... de todos os tipos. As pessoas, principalmente os homens, fumam muito e em qualquer lugar: na rua, no shopping, no trem, nos taxis etc. A sensação é que não fumar é considerado estranho. Existem muitos cafés pela cidade e o mais comum é ver grupo de homens sentados tomando café ou chá e fumando muito. Por vezes, no lugar do cigarro, fumam narguilé, chamado por eles de Chicha. Isso faz a cidade ter vários aromas diferentes dependendo do sabor de fumo que estão usando. Muitas lojas de essências contribuem para essa diversidade de cheiros... Demos uma rápida volta pela cidade mas decidimos ir para o hotel descansar e acordar mais cedo no outro dia.
Acordamos cedo no dia seguinte e fomos explorar a Medina da cidade. Havia lido várias opiniões sobre a Medina de Tunis, alguma positivas e outra negativas. Eu particularmente adorei. É fato que os comerciantes ficam o tempo todo te convidando para entrar em suas lojas e por vezes isso se torna bem chato, mas qual mesquita não é assim? Em Istambul e no Cairo foi da mesma forma. Por isso se alguém quer ir em uma medina sem ser incomodado, é melhor arrumar outro programa. Outra característica comum das mesquitas e que na de Tunis não é diferente é a negociação. Eles sempre informam um preço que na maioria das vezes é o dobro ou o triplo do que realmente vale. Eles já esperam seu pedido de desconto e barganhar faz parte do negócio. A certeza que você pagou o preço justo é depois de barganhar muito, você falar que vai dar uma voltinha. Se o comerciante permitir, ele realmente chegou no valor mais baixo. Se ele ainda puder abaixar ele não vai deixar você ir embora e vai te dar o valor final para fechar o negócio. A medina de Tunis é um labirinto e existem pessoas que dizem que é necessário contratar um guia para não se perder. Eu particularmente não contratei e consegui me localizar bem. A dica, é sempre memorizar pontos de referência e voltar pelo mesmo caminho que foi. Essa bagunça toda, é organizada de certa forma. Existem dois setores bem definidos: um, que para mim é o único interessante, com mercadorias típicas do país, e o outro que mais parece um shopping popular onde se vende falsificações de renomadas marcas (cuecas, bolsas, relógios, óculos), como Armani, Channel, Prada, etc.. Vale lembrar que em Tunis a medina é como se fosse um bairro. Ela é a céu aberto, diferente por exemplo do Grand Bazaar em Istambul, que é um local fechado.

Portal de entrada da Medina


Medina

Medina



No centro da Medina, está a Mesquita Zitouna. É uma das mais antigas do mundo, sendo reconstruída no século XIX, sobre uma estrutura do século VII. É possível entrar em parte dela para conhecer o pátio central e ver mais de perto seu minarete, porém, como a maioria das mesquitas do mundo, a entrada de não muçulmanos é vetada.



Fachada da Mesquita Zitouna
Interior da Mesquita Zitouna
No interior da medina existem ainda outras 3 mesquitas: Hanmuda Pacha, Ypsef Dey e Sisi Mahrez. Para conhecer todas é aconselhável um guia local, já que estão bem espalhadas. Ao final da medina chega-se à Praça do Governo que é um local lindo e vale a visita. Vários prédios públicos estão ao redor e a arquitetura é maravilhosa. Foi lá que a impressão meio estranha da cidade que tive no dia que cheguei mudou totalmente. Fiquei realmente encantado com o local. Não é permitido tirar foto da maioria dos prédios públicos e alguns deles possuem uma barricada com homens do exército e cercas de arame farpado. Explico o motivo um pouco mais à frente.


Praça do Governo
Monumento no centro da praça
Ministério das Finanças
No final deste segundo dia, fomos caminhar pela cidade, entramos em algumas lojas e cheguei à conclusão que a Tunísia definitivamente não é o local das compras. Tirando a medina, onde consegue-se comprar mercadorias típicas com preços atraentes, as outras lojas não são mais baratas que o Brasil. Roupas, sapatos, acessórios não possuem preços atrativos. Terminamos o dia sentados em um dos vários cafés que existem em uma das avenidas principais da cidade, Av Habib Bourguiba, comendo um crepe de atum que por sinal é um peixe muito popular por lá. Muito difícil achar alguma coisa com frango, mesmo pizza ou crepe. O ingrediente principal é o atum.

Foto tirada na avenida Habib Bourguiba

Cafés da avenida Habib Bourguiba



SIDI BOU SAID,  CARTHAGE e LA MARSA

No segundo dia fomos visitar 3 cidadezinhas que a maioria dos guias que falavam sobre a Tunísia indicavam. E realmente estavam certos! São locais fantásticos. Estão há aproximadamente 30 minutos de Tunis de trem. Para chegar basta ir até a estação que fica no final da avenida Habib Bourguiba, citada acima e pegar uma espécie de trem/metrô até lá. O custo de cada bilhete é em torno de 80 centavos de dinar e funciona assim: São 11 paradas até a última estação, mas temporariamente chega-se apenas à nona chamada "Carthage Presidence" onde deve-se trocar o trem por um ônibus que fica nesta estação aguardando. Digo temporário, porque as ultimas duas estações estão em reforma, mas em breve será possível percorrer todas somente de trem. Nas cidades de Sidi Bou Said, La Marsa e Carthage, estão concentradas as casas de veraneio dos ricos de Tunis. É perceptível como o padrão financeiro muda andando pelas ruas. As casas e os carros são realmente de pessoas no topo da pirâmide financeira. La Marsa é bem residencial e aconselho a conhecê-la apenas se estiver com tempo sobrando. Se não for assim, melhor investir o tempo em Sidi Bou Said e Carthage.
Sidi Bou Said é uma cidadezinha que vai até o alto de uma colina, à beira do mar mediterrâneo que para quem já esteve em Mykonos, na Grécia, vai parecer ter voltado para lá. Todas as casas são branquinhas com as janelas e porta pintadas de azul. Andando por suas ruas, vários horizontes diferentes podem ser contemplados, sempre com os vários tons de azul do mar mediterrâneo como moldura.... É maravilhoso!!! Uma das características marcantes do país é o formato da porta das casas. É tão típico que estas portas são vendidas em miniaturas como souvenir, e em Sidi Bou Said quase a totalidade das casas possuem essa típica porta. Sentar ao final de tarde em um dos cafés que a cidade possui, para tomar um drink ou até mesmo o famoso Chá com Pinus e contemplar o pôr do sol é uma experiência inexplicável. Ah, esse Chá com Pinus é bem característico e aconselho que não saiam da Tunísia sem prová-lo. É um chá de menta ou de hortelã com pinhões e pode ser encontrado em qualquer cafeteria ou nas chamadas Casas de Chá.


Sidi Bou Said

Sidi Bou Said

Sidi Bou Said

Sidi Bou Said


Sidi Bou Said

Chá com Pinus

Típica porta da Tunísia

Típica porta da Tunísia 2

Já Carthage, em português chamado de Cartago foi a região que marcou o início histórico da Tunisia e que no passado tornou-se o centro do poder no país. As guerras púnicas terminaram com a invasão da região pelos romanos que praticamente a excluiu do mapa no ano 146 a.C. Os próprios Romanos reconstruíram-na e a região tornou-se novamente um importante centro comercial, cultural e intelectual. Porém varias outras invasões de bizantinos e árabes fizeram a cidade desaparecer novamente. Hoje o que resta na região é uma série de ruínas espalhadas. É possível visitar algumas que ainda nos dão a dimensão do quão importante essa cidade foi. As Termas de Antonino, o Teatro Romano, as Termas Romanas, enfim, alguns locais ainda retratam a grandiosidade do passado de Cartago. A preservação da região pelos Tunisianos está longe de ser a ideal para preservar um patrimônio deste. Ficamos chateados com a falta de cuidado deles com uma região que fala tanto sobre seu passado. Existem, como o Anfiteatro, que estão no meio do nada e não possuem nenhuma fiscalização.


Termas de Antonino

Termas de Antonino

Teatro Romano
Anfiteatro
Ainda voltamos mais um dia para terminar de explorar a região do Cartago. A maioria encontra-se a poucos minutos de caminhada da estação de trem Carthage Hannibal. Existe um ticket que custa 10 dinares que te dá o direito de entrar em todas as ruínas, porém ele é valido por apenas um dia. Como é praticamente impossível fazer tudo em um dia caminhando, uma opção é pegar um táxi para percorrer as maiores distancias. Peça sempre para ligar o taxímetro, porque o táxi na Tunísia é muito barato. Alguns insistem em estipular um valor antes. Troque de taxi porque certamente ele está te cobrando mais do que no taxímetro.

Já que na noite do último dia em Tunis, viajaríamos para Touzer, resolvemos acordar mais tarde, fazer o check out no hotel e conhecermos o museu Bardo. Esse museu está dedicado a outra importante marca Tunisiana que são os mosaicos. Ele fica um pouco mais afastado do centro (basta pegar a linha 4 do metrô e descer na estação com o mesmo nome do museu), mas a visita é extremamente válida.

Museu Bardo

Museu Bardo
Museu Bardo

Museu Bardo

Museu Bardo

Museu Bardo

No final do dia, pegamos nossas malas no hotel e fomos à estação pegar o trem para Touzer. O itinerário era feito em 9 horas e o horário de partida era as 20:45 hs (é possível comprar os bilhetes pela internet através do site www.sncft.com.tn). Prestes a embarcar tivemos a notícia que não havia trens e aí começou os dois dias mais estressantes desta viagem. Ninguém na estação falava inglês e por isso não conseguiam explicar melhor qual era o motivo. Depois de muito tentar, o máximo que conseguimos entender foi que a única opção era um ônibus que saia da rodoviária em 30 minutos. Nos devolveram o dinheiro da passagem e saímos da estação onde pegamos o primeiro táxi para a tal rodoviária. Chegando lá, fomos direto ao guichê comprarmos as passagens. Depois de feito isso comecei a prestar mais atenção ao meu redor, e o cenário era tão estranho (a melhor palavra que consigo achar agora), que mesmo com as passagens compradas resolvemos desistir. Primeiro porque as 9 horas de trem se transformariam em mais ou menos 11 de ônibus. Segundo que não sabia as condições das estradas no país e fiquei muito inseguro. Terceiro porquê os ônibus não possuíam banheiro e por último porque o povo era estranho mesmo. Fui novamente ao guichê tentar ser ressarcido pelo bilhete que havia acabado de comprar. O atendente com toda rispidez possível disse que não devolveria. Achei aquilo um absurdo e resolvi apelar, dizendo que minha mãe estava muito doente e que precisaria ir de avião para o destino... Um pouco mais comovido ele resolver me devolver nossos 50 dinares.
Pegamos um outro táxi e voltamos para o hotel sem saber o que fazer. Pagamos mais uma diária e fomos dormir para pensar melhor no outro dia.
Acordamos no dia seguinte e perguntei à gerente do hotel (que falava um inglês melhorzinho), se ela sabia o que estava acontecendo e qual sugestão nos dava. A resposta era que havia uma greve geral e que a opção seria mesmo o ônibus ou uma Van para 7 pessoas. Optamos pela Van, porque só havia voo para Tozeur 2 vezes por semana e o próximo dia estava longe da data. Fomos então até uma praça no centro de Tunis onde parem as Vans. Na verdade o lugar é uma bagunça, onde as pessoas aparecem com mala e vêm uma série de pessoas te abordar para saber para onde vai e tentar te alocar em algum veículo que estivesse indo para o mesmo destino. Começou então mais uma estressante negociação, já que inglês e aramaico para eles era a mesma coisa. Por fim, resolvemos pagar o valor das tais 7 pessoas que caberiam em uma van e ter um motorista só para nos levar diretamente para Tozeur, sem ter que ficar parando em outros locais. O valor acertado foi de 200 dinares e levaríamos aproximadamente 5 a 6 horas para chegar. Quando já estávamos dentro da van prestes a sair, uma menina de mais ou menos 30 anos pergunta em árabe para o motorista para onde estávamos indo (fui saber disso depois) e se ela poderia ir junto. A cidade que ela iria chamava-se Sfax e ficava aproximadamente no meio do caminho. Claro que para ganhar mais um dinheirinho o motorista aceitou sem nos comunicar e lá fomos nós. No meio do caminho fui conhecer melhor a garota que estava conosco na van e descobri que ela falava um inglês bem melhor, era estudante de Direito e Ciências Políticas e estava indo a Sfax visitar um tio. Quase chegando a Sfax fomos parados por uma barreira policial que avisou alguma coisa para o motorista. Claro que não entendemos nada, mas pela fisionomia dos dois que estavam conosco a notícia não era boa. Fomos obrigados a pegar uma estrada alternativa e foi aí que a garota nos explicou que estava acontecendo uma greve geral no país e que as estradas estavam bloqueadas por rebeldes. Aqui paro para explicar um pouco melhor o que estava acontecendo:
A Túnisia foi o primeiro país a se rebelar contra o governo ditatorial vigente e iniciar uma série de revoluções que ficou conhecida como "A Primavera Árabe". Em 14 de janeiro de 2011, esta revolução culminou com a queda do lider do país Ben Ali.  O líder interino teve então a missão de escrever uma nova constituição para o país e o prazo para isso era de 3 anos, isto é, 14 de janeiro de 2014 mês exato em que estávamos lá. O fato é que a Tunísia é um país onde as pessoas têm o pensamento bem mais liberal do que outros países mais radicais e o texto final desta constituição estava ficando muito baseado nas leis islâmicas e isso estava gerando uma insatisfação popular, já que a mudança conquistada em 2011 era em busca de um país mais democrático e liberal.
Voltando à nossa viagem, começamos a entrar em pânico, porque para todo lugar que íamos nos deparávamos com rebeldes furiosos impedindo nossa passagem. Foi quando o motorista resolveu seguir uma outra van, que tinha dentre os passageiros um que conhecia melhor a região. Entramos então no meio da plantação de oliveiras (a Tunísia é um forte exportador de azeitonas e azeite de oliva) e por aproximadamente 2 horas seguimos por este caminho parando a todo momento para perguntar a um ou outro lavrador ou camponês a direção correta a continuar. A sorte que tivemos foi esta garota ter entrado em nossa van para poder ir nos informando o que estava ocorrendo, porque se estivéssemos sozinhos com o motorista eu teria pensado em milhões de coisas piores que poderiam estar acontecendo. Resumindo, depois destas horas de terror no meio da plantação, conseguimos chegar a Sfax que estava praticamente sitiada. Resolvemos então não seguir viagem para Tozeur. Achamos melhor dormir em Sfax e tentar voltar para Tunis no outro dia ou antecipar nossa chegada a Hammamet, que seria nosso último destino. Pedimos ao motorista que nos deixasse em algum hotel e que ele poderia voltar para Tunis. A principio nos deixou em um pulgueiro no meio da nada. O desespero era tão grande que pedimos que nos deixasse no melhor hotel da cidade, porque queríamos segurança. Assim foi feito e por nossa sorte este hotel estava a duas quadras da estação de trem. Com internet disponível no hotel, conseguimos cancelar a reserva em Tozeur, antecipar nossa chegada a Hammamet e comprar uma passagem de trem direto. No outro dia por sorte o trem estava funcionando normalmente para Hammamet e conseguimos chegar. Abaixo, foto do relógio da avenida principal de Tunis no dia que chegamos, e outra no dia que partirmos.... Foi todo coberto com a bandeira da Tunísia.






HAMMAMET

No começo do post mencionei que a Túnisia era um país que misturava um pouco da Turquia do Egito e do Caribe.... A capital Tunis se parece muito com a Turquia, devido às mesquitas, especiarias, medinas, etc. O sul do país, como Tozeur, e outras cidades, estão no meio do deserto do Saara e por isso possuem características muito semelhantes ao Egito. Já Hammamet, pode ser comparada ao Caribe. Está localizada às margens do mar mediterrâneo e é repleta de Resorts fantásticos, com toda infra estrutura para não nos preocuparmos com nada! Depois da tensão passada na viagem à Sfax, chegar em Hammamet, foi o mesmo que chegar a um Oásis. Na própria estação de trem, chamada Sir Bou Rekba, pegamos um táxi e em menos de 10 minutos estávamos no hotel. Fomos muito bem recebidos no hotel. Havia uma praia privativa e toda estrutura que um bom resort tem para oferecer. A cidade em si é dividida em duas partes. A primeira chamada mesma de Hammamet, é onde está localizado o comércio local e possui uma medina super antiga à beira do oceano. É onde a população realmente mora. A segunda parte, chamada de New Hammamet, já possui uma estrutura toda voltada ao turismo. Várias lojas, hotéis, restaurantes e um parque temático chamado Carthage Land. Como a estação que estávamos era o inverno, foi fácil perceber que era uma cidade voltada ao veraneio, já que algumas casas e restaurantes estavam fechados. Mesmo assim muitos turistas circulavam pelas ruas. Imagino que o verão seja um pouco insuportável já que a disputa por espaço na areia com vários turistas, principalmente europeus, deva ser inevitável. A Tunísia é muito visitada por Italianos, Ingleses, Espanhóis e Alemães. Hammamet possui uma Marina com vários iates milionários com bandeiras dos mais diferentes países.

New Hammamet

Hammamet

Medina em New Hammamet

New Hammamet

Vista da varanda do quarto

Hotel


Hammamet

Sala de fumar narguilé do hotel

Praia de Hammamet

Entrada de Carthage Land

New Hammamet

New Hammamet


Em Hammamet, é possível visitar a casa de um dos primeiros habitantes da cidade. Romano e milionário, Georges Sebastien resolveu se estabelecer em Hammamet após ter apaixonado-se pela cidade ao visitá-la pela primeira vez. Sua casa toda em preto e branco possui uma arquitetura no mínimo curiosa. É muito relaxante andar pelos jardins da propriedade e principalmente para no pomar e degustar direto do pé uma laranja, mexerica, azeitona, tâmara ou até mesmo um limão siciliano...
A propriedade também conta com um teatro no estilo romano com o mar mediterrâneo de pano de fundo. O local que hoje é um centro cultural e recebe o festival internacional de cinema e diversas exposições temporárias,  chama-se Dar Sebastien e está a poucos minutos de táxi dos principais hotéis.

Piscina no centro da casa

Fachada de um dos lados da casa

Teatro

Oliveiras

Limão Siciliano
Tamareiras


Curiosidades:
*Os homens se cumprimentam com 4 beijos no rosto e é muito comum vê-los andando de braço dado;
*Ao entrar em um shopping ou galeria não estranhe, sua bolsa será revistada;
*Apesar de estar na África, os negros são minoria;
*Guarde o recibo do câmbio do dinheiro que fará quando chegar no país. Se no final sobrar dinar, você só conseguirá trocar novamente com este recibo.

Não deixe de provar:
*Chá com Pinus;
*Azeitona;
*Cuzcuz;
*Suco de laranja natural;
* Tâmaras;
* Narguilé (ou Chicha como eles chamam).


Hotel em Tunis:
Tiba Hotel.

Hotel em Sfax:
Golden Tulip. 

Hotel em Hammamet:
Paradise Palace Hotel.

                     

Um comentário:

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